Nos últimos quatro anos, a Unidade de Pronto Atendimento de Patos de Minas passou por importantes melhorias na estrutura e na organização interna, o que vem refletindo positivamente na assistência à população. Essa percepção é dos próprios pacientes e pode ser apurada ao avaliar o balanço da Pesquisa de Satisfação aplicada na unidade ao longo de 2024: a maior parte dos entrevistados classifica como "ótimo e bom" os atendimentos na recepção/telefone, na triagem, dos médicos e dos enfermeiros, assim como o tempo de espera (consulte imagens acima).
Mas uma questão em especial chama atenção entre todas as respostas, e trata-se do fato de 85,6% dos entrevistados recorrerem à UPA antes de comparecer à unidade de Saúde da Família. A porcentagem é confirmada quando o comparativo do total de atendimentos por classificação de risco mostra que 81,5% das assistências prestadas no prédio do Peluzzo entre janeiro e outubro do ano passado eram pouco urgentes (verde) e não urgentes (azul), podendo ser resolvidas de forma ambulatorial.
Em relação a 2023, os números mostram inclusive aumento de 6.770 para 13.533 atendimentos não urgentes na UPA. "A classificação de risco existe justamente para priorizar os quadros que apresentam risco iminente à vida do paciente. Então é natural que as pessoas com quadro menos complexo aguardem por mais ou menos tempo, a depender das demandas graves", explica a diretora de Urgência da Secretaria Municipal de Saúde, a enfermeira Nathália Gomes.
Segundo a profissional, o hábito de buscar diretamente a UPA diante de qualquer queixa de saúde é até mesmo uma questão cultural. "Estamos trabalhando há algum tempo para mudar esse costume, tanto por meio de divulgação quanto com alteração na agenda das equipes da Atenção Básica. Porque, de fato, os casos pouco ou não urgentes sobrecarregam o pronto atendimento", diz Nathália. Ela lembra que, desde julho passado, as unidades dos bairros atendem livre demanda na parte da manhã, ou seja, sem marcação de consulta.
Diretora da Atenção Básica, Jessica Pimenta reforça o pedido para que a comunidade busque a unidade de referência, aquela mais próxima de sua residência, nos casos menos graves. "É importante saber que ali mesmo, na sua unidade de referência, o paciente recebe medicação endovenosa e tem acesso a medicamentos para alívio da dor e a antibióticos. Hoje temos, além da farmácia itinerante, farmácia descentralizadas nas USF Nova Floresta, Padre Eustáquio, Lagoa Grande e Sebastião Amorim, que é mais uma facilidade para o usuário."