A Prefeitura de Patos de Minas, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer (Sectel), em parceria com a Diretoria de Igualdade Racial, Memória e Patrimônio Cultural (Dimep), acaba de anunciar uma descoberta histórica: a confirmação da localização da antiga Mina de Galena, explorada entre 1811 e 1821 por Barão de Eschwege,
A Prefeitura de Patos de Minas, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer (Sectel), em parceria com a Diretoria de Igualdade Racial, Memória e Patrimônio Cultural (Dimep), acaba de anunciar uma descoberta histórica: a confirmação da localização da antiga Mina de Galena, explorada entre 1811 e 1821 por Barão de Eschwege, no sertão do Abaeté, como era chamada região que integra o município. Arqueóloga analisa potenciais cortes nas pedras no leito do Ribeirão do Chumbo. A confirmação veio após estudos e prospecções que apontaram o local exato da mina. Ela está localizada no distrito de Major Porto, próximo ao Ribeirão do Chumbo. A galena, minério extraído da mina, é fonte de prata e chumbo, o que provavelmente influenciou as tantas fazendas e localidades com o nome de Chumbo na região, inclusive o próprio distrito do Chumbo (popularmente conhecido como Areado). Pedra remanescente da época com potencial de presença mineral. O local apontado pelo Dr. Luciano Emerich Faria, resultado da sua Tese de Doutorado defendida na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2019, intitulada “Mineralogistas e seus estudos sobre os minerais úteis nas Minas Gerais dos períodos colonial e imperial”, foi confirmado pela arqueóloga Joyce Avelino Carneiro Santana. Os arqueólogos identificaram vestígios tanto na superfície quanto no subsolo, como estruturas construídas e áreas modificadas para as atividades mineradoras, além de objetos cerâmicos que evidenciaram a rica atividade mineradora das primeiras décadas do século XIX. Arqueóloga faz prospecção no subsolo para investigar vestígios da Mina. O sítio arqueológico tem área de 1,55 hectare, e 622 metros quadrados já foram delimitados para trabalhos de preservação e futuras pesquisas mais aprofundadas. O relatório técnico, entregue pelos arqueólogos, foi encaminhado para registro no Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Arqueóloga analisa corte no barranco leste e caminho de acesso ao interior da Mina. De acordo com o historiador da Dimep, Geenes Alves, recentemente o médico e pesquisador Pedro Henrique de Almeida Andrade, do Município de Cedro do Abaeté, estudioso do tema, descobriu em fonte primária o ano exato em que a Mina de Galena teria sido descoberta: 1790, pelo senhor Manuel de Assumpção Ferraz Sarmento, morador no Sertão do Abaeté, que informou imediatamente às autoridades de Vila Rica. Para Geenes, “esses achados reforçam a importância da preservação do patrimônio histórico e cultural de Patos de Minas, por serem elementos identitários relevantes para a formação da sociedade local”. Mais do que isso, segundo Geenes, a confirmação do sítio arqueológico evidencia o município no cenário mineiro e brasileiro da exploração minerária do século XIX, movimento responsável pela expansão territorial e formação nacional. Historiador Geenes Alves e arqueóloga demarcam o lugar da Mina. A descoberta abre caminho para novas pesquisas e iniciativas de preservação do patrimônio cultural de Patos de Minas, fortalecendo a identidade e a memória histórica da região.